ARTIGOS

ATUALIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES SOBRE COMPOSTAGEM MECANIZADA COMPACTA.

Uma opção para a reciclagem de resíduos orgânicos gerados em canteiros de obras.

Engº José Antonio S. Gonçalves ¹

ENGEFROM ENGENHARIA ² - UFSCar ³ (2013 a 2018)

Ribeirão Preto, Estado de São Paulo – SP.

E-mail: engefrom@bol.com.br

(¹) – Engenheiro Civil, especialista em Engenharia Urbana, GIS/SIG, Geotecnologias;

(²) – ENGEFROM ENGENHARIA – Escritório técnico de serviços de Engenharia Civil e Urbana, Web page – https://engefrom.webnode.com/

(³) – UFSCar – Universidade Federal de São Carlos – DECiv (Departamento de Engenharia Civil) e PPGEU – Programa de Pós-graduação em Engenharia Urbana, São Carlos, SP.

RESUMO.

Este artigo tem como objetivo apresentar um projeto desenvolvido na cidade de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, tendo em vista encontrar soluções para diversos desafios; para a concepção de possíveis propostas iniciais para os projetos preliminares, e posteriormente, estudos para a mitigação dos passivos ambientais, Estudos de Impacto de Vizinhança (EIV), Estudos de Impacto Ambiental (EIA), Relatório de Impacto no Meio Ambiente (RIMA), Geração de resíduos nas etapas de construção civil, e geração de resíduos de lixo orgânico, na fase da ocupação do empreendimento.

Além disso, por ser um empreendimento projetado para habitação, com uma população de projeto de 9.000 a 10.000 habitantes, outros estudos foram realizados também para dimensionar as viagens, os deslocamentos realizados diariamente e mobilidade dos seus moradores pelo entorno, bem como, para acessos em várias regiões urbanas da cidade.

Os estudos foram realizados desde 2013, com acompanhamentos e monitoramento de poços de inspeção, tendo em vista que a área tinha tido como ocupação um aterro sanitário, ou seja, o lixo da cidade por um bom tempo foi depositado naquela área.

Área degradada, com o extermínio da floresta existente na região, bem como a fauna e flora do ecossistema que existia. O trabalho foi realizado com equipes profissionais multidisciplinares, integradas e com o mesmo objetivo em prover soluções viáveis economicamente, e também, buscando inovações para os diversos passivos urbanos existentes, buscando soluções conforme novas propostas realizadas pela ONU – Organização das Nações Unidas, na busca da sustentabilidade do planeta.

O empreendimento denominado como Reserva Real, foi construído após todas as mitigações necessárias realizadas e as medidas compensatórias, visando recuperar a área ao seu estado natural, o retorno das áreas de florestas, etc. Para a aprovação, tivemos a realização de várias audiências públicas, conforme legislação vigente, dando transparência das atividades, para a população dos bairros que seriam direta e indiretamente impactados e ou beneficiados. 

A contribuição desta publicação consiste em disponibilizar as novas soluções adotadas, as inovações, os métodos utilizados, bem como, soluções inovadoras e uso de novas tecnologias, visando atingir a SUSTENTABILIDADE no empreendimento Reserva Real, tornando-se de uma fonte de referência para outras cidades brasileiras.

Palavras chaves: EIV, EIA, RIMA, PGT, PGV, SUSTENTABILIDADE, ONU, RECUPERAÇÃO AMBIENTAL, TRANSPORTES, TRANSPORTE COLETIVO, TRÂNSITO, MOBILIDADE URBANA, DESLOCAMENTOS, ACESSIBILIDADE, PLANOS DE MOBILIDADE, PLANEJAMENTO URBANO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO, PLANEJAMENTO AMBIENTAL E DE TRANSPORTES.

1. INTRODUÇÃO.

Através do nosso propósito de empreender e fomentar o acesso a informações, tecnologias e inovações para todos, conteúdos que poderão contribuir com soluções peculiares em centenas de regiões no nosso imenso território brasileiro, o artigo publicado em 19 de agosto de 2015, estará passando por uma necessária atualização.

Estamos felizes em ter participado de vários projetos, estudos, soluções tecnológicas e inovações na concepção de novos empreendimentos residenciais e comerciais, sejam eles com construção de loteamentos e condomínios horizontais, e ou, em empreendimentos verticais e industriais.

Um projeto importante que realizamos, foi motivo de estudo de caso, dentre muitos, para nosso cliente MRV, no empreendimento residencial com o nome RESERVA REAL. Ontem, 27 de Setembro de 2018, nosso cliente MRV esteve apresentando como vêm tratando e inovando em soluções, processos, tecnologias e inovações, visando com isso, ir de encontro com a SUSTENTABILIDADE proposta pela ONU - Organização das Nações Unidas, em New York.

Evidente que nosso trabalho começou anos atrás, em 2013, com enormes desafios, pois a área a ser devolvida a uma condição ambiental que pudesse receber milhares de novos habitantes estava em uma antiga área de lixão, ou seja, prática muito comum nos municípios brasileiros nas décadas passadas.

Não existiam preocupações com reciclagem dos resíduos do lixo urbano, ou seja, tudo iria parar num local como um lixão, e ou um aterro sanitário, como o nosso estudo em referência.

Além disso, para mais um complicador das dezenas de desafios em soluções inéditas, a respectiva área estava em cima do maior reservatório de água doce do mundo, ou seja, sobre o aquífero artesiano conhecido como AQUÍFERO GUARANI.

Nos nossos estudos, nossa proposta era que a produção do lixo doméstico da população do empreendimento, teria 100% de reaproveitamento, ou seja, ora com "COMPOSTAGEM MECANIZADA", e manutenção de canteiros, praças, e demais áreas verdes a serem edificadas para também prover e contribuir com a DRENAGEM URBANA no local do próprio empreendimento.

A área bem distante do centro urbano da cidade de Ribeirão Preto, no Estado de São Paulo, era uma fazenda, que teve sua vegetação florestal, destruída através do corte da floresta e uso da madeira para fins comerciais no século passado, provendo demandas irracionais de ter como resultado, a destruição do meio ambiente, da fauna e flora, nascentes e demais riquezas desses ecossistemas naturais.

O meio ambiente, deveria receber de volta através da recuperação da área, em sua vegetação natural que existia, através do planejamento de reflorestamento e recuperação de espécies de plantas, arbustos, da antiga floresta.

Em resumo:

1. Criar uma solução em projetos de reciclagem 100% de todo os resíduos da fase de construção civil, ou seja, nada seria destinado e ou transportado para fora dos canteiros de obras, sem que fossem reciclados e reutilizados em outros usos e aplicações. Portanto, 100% de reciclagem dos resíduos sólidos oriundos da etapa da construção civil em si;

2. Criar um modelo experimental, para mitigar como todo o lixo doméstico gerado na área do empreendimento RESERVA REAL fosse utilizado; reciclado e reaproveitado no interior do empreendimento, sem geração de viagens de "caminhões de lixo" e bem como, descarte de lixo doméstico fora do local de sua geração, ou seja, tornando o LIXO um componente ECONÔMICO para a diminuição de custos na manutenção das áreas verdes, praças, e recomposição florestal, com o uso da COMPOSTAGEM DO LIXO DOMÉSTICO gerado no projeto RESERVA REAL;

3. Para o desenho do empreendimento, em questões de projetos de arquitetura, tínhamos que propor situações de continuação do sistema viário da cidade, que naquela região era inexistente. Assim, os estudos realizados por volta de 2013 tiveram como finalidade formular soluções e novas opções para novas propostas de criação do novo sistema viário, tinha algumas variáveis adicionais nas diretrizes de projeto:

3.1 - Diretrizes de projeto para a concepção, criação, implantação de novas soluções para o sistema viário, tendo em vista a total retenção das águas de chuva no perímetro do projeto;

3.2 - Diretrizes gerais de ENGENHARIA DE TRÁFEGO, coordenando as diretrizes viárias do município, quanto a ampliação dos limites das áreas urbanas e rurais, e como, propiciar acessibilidade, mobilidade urbana, criando novas possibilidades de rotas, trajetos e caminhos para a integração social e econômica dessa população nos estudos empreendidos para nosso cliente MRV;

3.3 - Estudos sobre itinerários existentes e novos itinerários do TRANSPORTE COLETIVO URBANO, visando além de prover transporte coletivo, posicionar pontos de embarque/desembarque, e até mesmo integração tarifária temporal e ou física;

3.4 - Estudos e monitoramento de mais de 200 poços visando monitorar ocorrências com geração de líquidos altamente contaminantes, como o "chorume", e a estabilização do aterro sanitário, e ainda, estudar as condições de não contaminação quando as reservas logo abaixo, confinadas no lençol artesiano do Aquífero Guarani, em conformidade com obrigações legais da CETESB - SP, e resoluções do CONAMA.

4. A população prevista em projeto, na fase de ocupação estaria entre 9.000 a 10.000 pessoas, ou seja, um número expressivo de moradores que iriam demandar serviços em educação, atendimento em postos de saúde e atendimento médico em geral, acesso a lazer, acesso a clubes associativos e ou bibliotecas públicas, praças, ciclovias, áreas de caminhadas, trabalho, etc.

2. ESTUDOS REALIZADOS COM O NOVO CONCEITO DE TRABALHO EM EQUIPES MULTIDISCIPLINARES - Projeto RESERVA REAL - MRV.

Engenheiros civis, arquitetos, biólogos, advogados, projetistas de estruturas, geólogos, especialistas em geotecnia e ou Geologia de Engenharia, empresas de sondagem, químicos e físicos, engenheiros agrônomos, engenheiros florestais, profissionais ligados à saúde, educação, dentre outros.

Desenhistas, projetistas, gestores e especialistas em planejamento urbano, uso e ocupação do solo, agrimensores, engenheiros cartográficos, arqueólogos, historiadores, etc. Uma enorme equipe de pessoas com especialidades que foram coordenadas nos estudos, através dos gestores de equipes multidisciplinares, com os estudos iniciais necessários para a solução de diversos problemas e desafios a serem superados.

Trabalhos realizados com grandes especialistas e profissionais; torna nosso trabalho mais envolvente e desafiador, pois, são diversos profissionais com alto senso crítico lançando centenas de questões para solucionar problemas e desafios. Com relação aos itens que participamos, tivemos como base, levantamentos da topografia, para determinar as áreas de criação de novas lagoas e ou lagos, visando com isso, reter os volumes das águas de chuva nos perímetros do empreendimento.

Outros dados importantes foram sobre o monitoramento dos poços, quando a existência ou não de materiais contaminantes, e aonde deveríamos projetar as áreas verdes, as áreas destinadas as construções e moradias, as áreas e os traçados para o sistema viário, parques, praças, reflorestamentos, etc.

3. VISTORIAS, LEVANTAMENTOS DE CAMPO, RECONHECIMENTO, INFORMAÇÕES GEOLÓGICAS, HISTÓRICAS da antiga floresta e fazenda antes do aterro sanitário.

As informações produzidas por diferentes profissionais ficavam disponíveis para todos, para que pudessem compartilhar as informações, e com isso, facilitar as formulações de propostas, teses iniciais, e as possíveis soluções a serem efetivamente utilizadas nos estudos, e posteriores projetos preliminares, e posteriormente, para os projetos definitivos de arquitetura, sistemas viários, áreas verdes, drenagem urbana, etc.

A legislação ambiental que trata para empreendimentos novos, e reabilitação de áreas degradadas é ampla no Brasil. Também com a lei conhecida como ESTATUTO DAS CIDADES, estudos específicos se tornaram praticamente obrigatórios.

Como exemplos, o EIV - ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA; EIA - ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL; RIMA - RELATÓRIO DE IMPACTO AO MEIO AMBIENTE.

Com relação ao trânsito desse novo empreendimento, são consideradas como VIAGENS, todos os deslocamentos realizados pelos moradores para vários locas do município, bem como, a quantidade de veículos, número médio de viagem, demandas para o transporte coletivo urbano, etc.

Na literatura técnica específica, esses estudos são ligados aos PGT - Pólos Geradores de Tráfego. cujos estudos consistem e mitigar os possíveis problemas ocasionados pelo novo empreendimento, bem como, nas medidas compensatórias, corretivas e novos projetos de portarias, pontos de paradas de transporte coletivo, estudos de operações de carga e descarga, visitantes, etc.

4. QUESTÕES PROPOSTAS E SOLUÇÕES QUANTO A GERAÇÃO E REAPROVEITAMENTO EM 100% do Lixo Doméstico produzido pela nova população, dentro dos limites do empreendimento.

Em 2018, após a grata repercussão de SUSTENTABILIDADE na criação de projetos habitacionais no Brasil, nosso cliente MRV em visitar a ONU - deu maior importância ao tema COMPOSTAGEM.

Assim, tudo o que fosse produzido como lixo doméstico, lixo do empreendimento, teria como objetivo estudos em recuperação, geração de ativos econômicos para o custeio do RESERVA REAL, transformando o que antes era um imenso problema, em uma nova fonte de recursos, e ainda, caminhando no caminho proposto pela ONU, a sustentabilidade do planeta.

O artigo será totalmente revisado, e irão ser incluídas pesquisas, e soluções inovadoras utilizadas, gerando novas metodologias construtivas, novas tecnologias para aplicação geral no Brasil. Assim convidamos os leitores interessados e bem aqueles que tenham curiosidade de saber como ocorrem os processos dos estudos e criação das propostas, projetos iniciais e executivos, acompanhem no nosso link - ATUALIZAÇÃO - datado recentemente.

Também, por ser um projeto plural, estamos abertos a receber sugestões para a melhoria de nossas soluções, bem como, no recebimento de críticas e propostas que visem modificar o que acreditam não ser as melhores condições nas soluções e mitigação, bem como, expressar conhecimentos que venham a nos fazer reescrever pontos dos estudos, as metodologias utilizadas, e os projetos propostos.

Com relação aos Direitos Autorais, os trabalhos e estudos são entregues aos gestores públicos, ou seja, para os profissionais que representam o PODER PÚBLICO nas cidades. Assim, após a aprovação e aplicação, tais estudos se tornam públicos, podendo ser lidos e facilitados para milhares de munícipes.

O trabalho que publicamos anteriormente (19/08/2015) tem como um dos autores Maurício Bernardes, onde estamos deixando transparente que nossos estudos, propostas, inovações e tecnologias são publicadas e com a necessária publicidade para os munícipes da cidade de Ribeirão Preto, SP. Servindo como referências para soluções em outras centenas de cidades e seus empreendimentos.

5 - ARTIGO - Compostagem mecanizada compacta: uma opção para a reciclagem de resíduos orgânicos gerados em canteiros de obra. 19/Agosto/2015

Maurício Bernardes

A gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no Brasil tem sido um enorme desafio para a nossa sociedade. De acordo com o relatório da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) que traçou em 2014 um panorama do segmento no Brasil, cerca de 42% dos RSU produzidos tiveram destinação final inadequada, com um acréscimo do índice de geração per capita superior ao crescimento populacional no período. Para se ter uma ideia, somente entre 2010 a 2014 a produção de resíduos cresceu 29% no Brasil.

Destinação final dos RSU coletados no Brasil em 2014 indicando a marca de 58,4% de destinação para aterros sanitários e o restante para locais com grande potencial de contaminação do meio ambiente (destinação inadequada).

Geração de RSU per capita no Brasil em 2013 e 2014 indicando crescimento de 2,02% (maior do que o crescimento populacional no período). 

Neste sentido a compostagem é uma alternativa para se reduzir o volume da destinação de resíduos orgânicos gerados em condomínios, hotéis, estabelecimentos comerciais ou industriais, incluindo neste grupo os canteiros de obras que possuem cozinhas industriais para o preparo de refeições.

A compostagem é um processo de decomposição biológica que na presença de oxigênio, e com condições controladas, tende a produzir dióxido de carbono, vapor d’água, minerais e um produto orgânico estabilizado (composto orgânico). É um processo exotérmico (libera calor) e que ao ultrapassar os 65°C consegue eliminar organismos prejudiciais à saúde.

Há soluções mecanizadas no mercado que conseguem acelerar este processo de compostagem ao criar condições favoráveis de agitação, aeração e controle de temperatura e umidade.  

A empresa sueca Joraform (com representação em vários países, inclusive no Brasil) que desde 1990 desenvolve soluções de compostagem doméstica mecanizada, com trabalhos realizados junto a associações de moradores, escolas, construtoras, cozinhas industriais, entre outros, já entregou mais de 1000 máquinas deste tipo pelo mundo.

Um dos seus modelos, o JK 5100, que tem capacidade para realizar a compostagem de cerca de 350 kg/ semana (~700 litros) é indicado para condomínios ou estabelecimentos com até 250 pessoas. O equipamento possui duas câmaras de aço inox para acondicionar os resíduos em cada fase do processo.

Na primeira etapa do processo, quando o resíduo orgânico é colocado no equipamento, é necessária a adição (automática ou não) de serragem por ser uma fonte básica de energia (fonte de carbono) para a atividade dos microrganismos.

Nesta etapa ainda, os resíduos inseridos no equipamento passam por um triturador e são direcionados à primeira câmara onde são misturados com os resíduos já em processo de compostagem, permanecendo constantemente aerados.

É possível realizar a adição de novos resíduos diariamente e, após cerca de 2 semanas, esta matéria orgânica é automaticamente transferida para a segunda câmara onde permanece isolada com o objetivo de completar o processo de compostagem.

Moedor / triturador integrado que reduz os resíduos a pequenos pedaços, facilitando a compostagem;

    Dosador automático de serragem para assegurar a adição de “carbono” à mistura;

    Sistema de aeração;

    Misturador para manter a homogeneidade do composto;

Ilustração da operação da composteira mecanizada JK 5100 da empresa sueca Juraform.

Já a empresa Trasix que representa no Brasil os equipamentos mecanizados de compostagem de um fabricante da Coréia do Sul, possui modelos com as seguintes características:

Modelos de composteiras mecanizadas compactas importadas da Coréia do Sul pela empresa Trasix.

(Obs. As imagens estão disponíveis na fonte original do artigo mencionado. Nossa publicação não têm nenhum interesse comercial sobre os produtos e marcas, ou seja, nossa intenção é da informação para os leitores, que existem equipamentos no mercado, capaz de resolver questões urbanas, em questões de compostagem de resíduos urbanos).

Para ter uma ideia dos custos de locação deste tipo de equipamento, um dispositivo com capacidade de estabilizar cerca aproximados em 25 a 30kg/dia de resíduo orgânico é locado por cerca de R$1.500,00/mês (cerca de 5% do custo de aquisição). Ele é capaz de atender um canteiro de obras com uma cozinha industrial instalada para aproximadamente 400 colaboradores, recebendo os resíduos da preparação e consumo das refeições, de acordo com um protótipo realizado na cidade de São Paulo.

De forma similar ao JK 5100, os modelos da família “Decomposer” dependem da adição de serragem para o funcionamento.

Demandam um período mínimo de 2 semanas para que o sistema entre em equilíbrio. Durante este período, os resíduos devem ser adicionados aos poucos: começam com 20% da capacidade da máquina e gradualmente aumentam até a sua capacidade total.

Apesar de possuírem um módulo de desodorização com carvão ativado devem ser instalados em áreas externas ou com ventilação. Possuem sistema automático com sensores de paralisação da operação, botão de emergência e controle de temperatura do processo, com câmara isolada de geração de calor por aquecimento de óleo nos modelos Decomposer 10,30 e 50. Ilustrações de modelo de composteira mecanizada compacta com módulo desodorizador com representação da Trasix. 

Vantagens da compostagem de resíduos orgânicos (alimentos) em canteiros de obra com cozinhas industriais:

– Processo reduz o impacto da geração de resíduos sobre a malha viária / trânsito das cidades dado que os resíduos não dependem de transporte até um aterro sanitário para que haja a sua decomposição;

– O processo de reciclagem de resíduos orgânicos em canteiros é mais simples se comparado ao que acontece em aterros, onde há normalmente a mistura do resíduo orgânico a outros tipos de resíduos, com a consequente formação de compostos mais agressivos ao meio ambiente e mais complexos de serem geridos;

– Como boa parte da constituição deste tipo de resíduo orgânico é a água, a decomposição reduz drasticamente o seu volume e portanto há uma redução dos custos e das emissões de gases do efeito estufa no transporte;

– Este tipo de reciclagem pode servir como ferramenta de conscientização ambiental de colaboradores em canteiros de obra através de campanhas que utilizem o fertilizante produzido numa horta comunitária, em áreas verdes do terreno do empreendimento, ou ainda, incentivando o uso na residência dos operários;

– Tempo de decomposição menor se comparado àquele que acontece num aterro sanitário.

ARTIGO COMPLETO inicial, 2ª Versão e Revisado em 25/10/2018, o link para acesso:

https://engefrom2014.wordpress.com/2015/08/27/compostagem-mecanizada-compacta-uma-opcao-para-a-reciclagem-de-residuos-organicos-gerados-em-canteiros-de-obra/

Fonte artigo original sem modificações, sem comentários:

FONTE: PINI – BLOG: 

https://blogs.pini.com.br/posts/tecnologia-sustentabilidade/compostagem-mecanizada-compacta-uma-opcao-para-a-reciclagem-de-residuos-362422-1.aspx